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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Quando nos negam um aperto de mão....

Umas das piores situações que me podem fazer passar, é quando vou cumprimentar alguém com um aperto de mão e esse movimento é-me negado!

É uma situação que, para além de enervar o mais "Zen" ser-humano existente neste planeta de incertezas e manias, pode igualmente provocar um sentimento de desconforto abismal numa pessoa. Vamos imaginar, que estamos numa reunião muito importante e que no final dessa mesma reunião, todos se cumprimentam com um aperto de mão e quando chega finalmente a nossa vez de apertar a mão ao "chefe", ele nega-nos esse acto de respeito e boa educação quando todos na sala apontam os olhos para nós. Além do silêncio perturbador que normalmente se gera, é igualmente visível na cara de colegas, uma oportunidade de soltarem um riso, não forçado mas sim de elevada satisfação. Ou seja, passa-se possivelmente do estado de uma pessoa respeitada, para o estado de uma pessoa que fica a ser conhecida como: "O Pendurado". Sim, porque ficar com a mão pendurada enquanto esperamos que o acto de cumprimento se concretize, só pode resultar numa situação muito constrangedora.

Isso já me aconteceu algumas vezes, e destaco uma delas como a pior de todas. A que me ficou incrustada na memória para todo o sempre, e que me provocou até pesadelos de meia-noite! Passou-se numa das minhas idas ao escritório da empresa em que trabalhava, quando depois de uma viagem de 300 quilómetros, sou apresentado ao meu patrão em frente a todo um mar de olhos - tal e qual um grupo de hienas esfomeadas -, observando-me de uma forma muita intensa. Quando chega a altura em que estou pronto para esticar o braço e oferecer um forte aperto de mão ao meu "patrão" - e realmente o faço - dou por mim a olhar para a minha mão à espera que surja uma outra mão a unir-se à minha, mas nada! Ergo lentamente a cabeça e reparo que o meu patrão já estava a uns belos 4 metros de mim, de costas voltadas e a falar com outros colegas meus. Ora, olho em redor para verificar se aquela situação de desconforto se tinha esvoaçado sem que ninguém desse conta de tal facto, mas não, estavam todos com cara de quem estava prestes a explodir num riso sincronizado, tal e qual uma bomba!

Foi um momento de puro desconforto, e que me provocou um mal-estar tremendo em estar ali, naquela sala, com todos aqueles olhos apontados para a minha pessoa. Senti-me literalmente com "Cara de Alvo"! Na altura, só me apeteceu gritar bem alto: "OUÇA LÁ, EU ESTOU AQUI COM A MÃO PENDURADA SIM?", mas certamente que iria piorar ainda mais a situação que de si, já serviria para eu ser o próximo alvo de chacota da empresa.

Hoje em dia, já não sou eu que dou o "primeiro passo" no que respeita a efectuar o movimento de esticar o braço para que um possível aperto de mão se concretize. Opto por esperar pacientemente que surja bem visível aos meus olhos, uma mão, evitando assim mais uma situação de desconforto pessoal. Ou então, quando tenho de ser eu a iniciar o denominado: "Processo de Cumprimento", faço questão de arregalar bem os olhos e seguir com muita atenção o "jogo de cintura" da pessoa em questão. Nem que tenha de o seguir durante vários metros até que me aperte a mão, mas ficar novamente numa posição de total desconforto, ai isso é que não!

2 comentários:

  1. ehehe
    acho que ás mulheres um aperto de mão nunca é negado...

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    1. Pois, mas olha que deste lado da barricada, costuma acontecer com muita regularidade....

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