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sábado, 19 de janeiro de 2013

"Garanhões de Inverno"...


Já vai para alguns dias, quando me surgiu a ideia para este texto. Não é, de facto, um tema recente, que apenas me surgiu em 2013. Nada disso... Trata-se de um tema que me tem assombrado há já alguns anos. Pensava eu, que se tratava de um acto isolado, mas cada vez mais tenho observado este tipo de situação. E de que tipo de situação é? É um paradigma da sociedade que afecta, especialmente, a raça masculina. Antes de prolongar o texto, quero já avisar... que não me estou a referir a ninguém em particular, mas sim, de uma forma geral. Só no caso de algum "Garanhão de Inverno" levar este texto demasiado a peito, decidindo-se por me perseguir e fazer-me mal. Eu sou um "tipo" porreiro, pá! (Ok, piorei ainda mais a situação, quando optei por usar um termo de José Sócrates - "Porreiro, pá!") Com isto não quero afirmar que toda a raça masculina decidiu adoptar esta, chamemo-lhe - "Mania". E asseguro, caro leitor, que se trata de um raios ma parta de uma "mania" mai absurda… que eu sei lá...

Ok, vou me deixar de rodeios e vou dirigir-me ao centro da questão. Já chega de navegar ao lado do tema, antes que o leitor se aborreça e decida mandar-me à fava. E, de facto, tenho a absoluta consciência que não é preciso muito, para que tal aconteça... Vamos lá... Então o que são os "Garanhões de Inverno"? Simples. São todos aqueles homens que em pleno Inverno, acham que o conceito de usar apenas uma tshirt - como se estivessem em pleno verão - é, deveras, super macho. Tenho a profunda certeza que o pensamento de um "garanhão" destes é: "Porra! Está um frio do camandro... Mas, homem que é homem, não anda todo agasalhado, apenas por estar frio! Homem que é homem, anda apenas de tshirt, afirmando que sente calor!" Que estupidez... Mas é a cruel realidade... Depois, existe aquele habitual diálogo entre dois amigos, em que um deles é o chamado "Garanhão de Inverno", e o outro é apenas um "Parvinho" agasalhado. Algo do género:

- Atchim
- Então, António?
- Então, o quê?
- Já te constipaste, não?
- Quem? Eu? Achas... Atchim!
- Não... Lá agora! Eu bem te aviso, que é melhor te agasalhares...
- Agasalhar? Com este calor? És mas é... Atchim! Porra!... maluco! 
- Pois, pois... Nota-se... Olha para mim, agasalhado... Não me vez a espirrar, pois não?
- Acthim! Pá, não estou constipado... IRRA!
- Pois não... Lá agora...
- Isto é apenas uma pequena alergia... ao pó... Atchim! Porra...
- Isso é de andares de tshirt, urso! 
- Achas? Atchim!... com este calor?
- Mas qual calor? Estamos no Inverno! Teimoso de um raio!
- Mas estás a insultar-me porquê? Não vês que tenho o sangue quente? E, andar agasalhado é para meninos!
- Eh pá! Desisto! Não dá para falar contigo! És impossível! Fica lá com a tua constipação, ó!
- Porra! Atchim!... já te disse que isto não é uma constipação! Não... me... Atchim!... enerves, Porra! "Parvinho" de um raio!  
- Porque é que me chamas de "Parvinho"? Tu é que és! Andas sempre de Tshirt e, depois, acabas por te constipar! 
- Chamei-te "Parvinho", porque é assim que o narrador deste texto te denomina, no parágrafo que antecede este diálogo…
- Ah! Ok, pronto. O narrador é que sabe… Então, adeus!
- Adeus… ATCHIMM! Porra… este foi forte…

Enfim… A praga dos "Garanhões de Inverno"… Coisas da vida… São cenas... Portanto… 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Observações absurdas...

Já há algum tempo que não escrevia para este blog. Confesso que já tinha saudades de escrever qualquer coisa para o Vida de Cão, mas o facto de ter outro projecto em mãos, tem me retirado muito, do já pouco tempo que tinha para escrever para o Vida de Cão. Mas aqui estou eu, pronto para me redimir. Tenho muito respeito para com este blog. Foi o primeiro que criei e, um excelente impulsionador para o desenvolvimento da minha escrita. Se hoje em dia escrevo verdadeiros testamentos no blog - "Estapafúrdios do Quotidiano", bem posso agradecer à existência do Vida de Cão. Por isso, blog querido, que és a luz da minha vida, peço-te imensa desculpa por esta ausência prolongada. Prometo que, daqui em diante, irei voltar a escrever... vá... de vez em quando... Está bom?

Bom, depois de um sincero pedido de desculpas a este blog, eis que chega o momento de falar de uma situação que já me aconteceu e, obviamente, já vi acontecer a outros. Algo que, normalmente, ninguém dá muita importância quando acontece, mas que eu não consigo deixar passar... É daquelas coisas que me faz comichão, pronto. Faz-me espécie, a capacidade das pessoas em conseguirem ser desagradáveis, sem se aperceberem que, de facto, o estão a ser. Às vezes, dá vontade de ser cruel para com essas pessoas. Desagradável até de uma forma abusiva! Quantas vezes, uma pessoa, estupidamente, se aleija em qualquer coisa, quando está na companhia de uma pessoa amiga? Muitas vezes, certo? E quantas vezes essa pessoa amiga, depois de reparar que nós nos aleijámos, resolve disparar uma pergunta estúpida - ou uma observação igualmente estúpida - sem qualquer nexo ao contexto da situação em si? Confuso? Eu exemplifico:

- "Olá Ricardo, estás bom, pá?"
- "Ora viva, Alexandre. Está tudo porreiro, sim."
- "Então o que tens aí?"
- "O quê? Ah! Isto? Isto... é uma navalha..."
- "Então para que é que queres uma navalha, pá? Isso pode ser perigoso, tu vê lá!"
- "Perigoso? Lá agora... É apenas uma navalha, inofensiva... Pá, nunca se sabe quando se precisa de uma navalha."
- "Como assim?"
- "Então, basta observar os Alentejanos, pá. Sempre com uma navalha pronta para cortar o pão e o queijo. Nunca se aleijam... O que é, deveras, impressionante..."
- "Muitos anos a cortar pão e queijo..."
- "Olha, queres ver o que eu consigo fazer com o raça da navalha?"
- "O quê? Tipo... Malabarismo?"
- "Hum... Pode ser... Ora deixa cá mandar... a navalha ao ar... e apanhá-la... Aiii, caraças! Aleijei-me!"
- "Pá! Cuidado! Tu não te aleijes!"
- "Tarde demais, ó Alexandre..."
- "Aleijaste-te?"
- "O que é que achas, ó meu estúpido!"
- "Tens de ter cuidado para não te aleijares, pá!"
- "Cala-te, minha besta! Já me aleijei!"


E pronto! Quer dizer... Uma pessoa aleija-se. Torna-se, portanto, bastante óbvio que uma pessoa se aleijou, quando grita: "Aiii! Caraças! Aleijei-me!". Mesmo assim, essa pessoa amiga cai sempre na tentação de acrescentar uma desnecessária interrogação, seguida de uma irrelevante observação: "Aleijaste-te? Tens de ter cuidado para não te aleijares, pá!". Desnecessário, pá... Terrivelmente... desnecessário...