http://www.facebook.com/kuttervidadecao

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Bater de porta...

Posso considerar-me uma pessoa, que está sempre pronta a ajudar um amigo, quando este precisa. E de facto, isso já aconteceu várias vezes. Talvez, devido à condição de "crise" que este país atravessa. Mas, existem certas situações que me levam a repensar, essa minha forma de ser. E, trata-se de facto, de uma dessas situações, que quero abordar neste texto. E vamos então ao que realmente interessa.

Eu tenho um automóvel. E o leitor pensa: "Uau. Ele tem um carro! Que maravilha! E agora, o que raio quer ele? Uma salva de palmas?" Calma, senhor leitor. Por favor, deixai-me continuar o meu raciocínio, sim? Obrigado. Continuando... Um automóvel que me custou imenso a pagar. Por isso, acho que tenho o  dever pessoal, de o estimar o máximo que puder. Todos sabemos que a vida está muito complicada e, se não soubermos estimar o que temos, estamos bem tramadinhos...

Por vezes, costumo oferecer boleias a colegas de trabalho, ou/e, de vez em quando, a amigos. Não quero queixar-me disso, porque até o faço com muito gosto. Assim, vou falando e mantendo-me a par dos problemas dos meus amigos e colegas. "Ena. Que grande cusco!" - Pensa o leitor. Mais uma vez, calma, senhor leitor. Não se antecipe! Deixai-me explicar. Bom... Apenas o faço, porque nunca se sabe quando eles vão precisar da minha ajuda e vice-versa. Mas existe algo que me tem - de certa forma - intrigado, levando-me a repensar a acção de facultar uma boleia a um colega. Esse "algo", trata-se do facto de certos colegas - ou mesmo certos amigos -, quando saem do carro depois da boleia oferecida por mim, ao fechar a porta do carro, literalmente, fecham-na com tanta força, que parece que estão revoltados comigo. Parece que lhe fiz algum mal, quando de facto, se trata exactamente do contrário. Eu acabei de lhes dar uma boleia! É assim que eles retribuem a minha boa vontade? Tratando mal o meu precioso - carro? 

Parece-me que vou ter de impor algumas regras, antes de dar boleia a alguém. Ou melhor, vou ter de optar por facultar à pessoa - que vai usufruir da minha boleia -, uma declaração, onde essa pessoa me concede todo o direito de lhe estampar uma bela de uma chapada na cara, quando ela decidir fechar a porta do meu carro com tanta violência. Depois quero ver, quem é que depois de levar um belo de um selo no "focinho", volta a fechar a porta com tanta violência. Se o meu carro falasse, certamente já teria "mandado" um ou outro colega meu para o car......! E era bem merecido! Mas não será de todo, má ideia, adoptar a ideia da "Estampagem de uma chapada na cara"! Até parece que já estou a ver, como seria a situação:

Eu: "E pronto, Antunes. Chegámos."
Antunes: "Sim. Está bom aqui. O resto vou a pé."
Eu: "Tu é que sabes, Antunes."
Antunes: "Então, até amanhã." (E ZÁS! Fecha a porta com toda a força, estremecendo o carro todo!)
Eu: "Ó Antunes, espera aí." (Saio eu, do carro e vou direito ao Antunes, espetando-lhe um banano bem espetado, na cara!)
Antunes: "Porra! Para é que foi isso, pá?"
Eu: "Lembraste da declaração que assinaste antes da boleia?"
Antunes: "Sim, pá"
Eu: "Apenas cumpri com o estipulado na declaração!"
Antunes: "Porra! Olha amanhã, eu levo a bicicleta para o trabalho. Não é necessário dares-me boleia, ok?"
Eu: "Tudo bem, Antunes. Tu é que sabes..."
Antunes: "Até amanhã!"
Eu: "Até amanhã."

É capaz de ser boa ideia, sim. Além de que, serve igualmente como uma libertação de stress enorme. Tenho a certeza, que depois de alguns amigos/colegas meus lerem este texto, nunca mais me vão pedir boleia. Na boa, malta. Basta apenas cumprirem com o que diz a declaração previamente assinada por vós e tudo correrá bem...    

2 comentários: