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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Observações absurdas...

Já há algum tempo que não escrevia para este blog. Confesso que já tinha saudades de escrever qualquer coisa para o Vida de Cão, mas o facto de ter outro projecto em mãos, tem me retirado muito, do já pouco tempo que tinha para escrever para o Vida de Cão. Mas aqui estou eu, pronto para me redimir. Tenho muito respeito para com este blog. Foi o primeiro que criei e, um excelente impulsionador para o desenvolvimento da minha escrita. Se hoje em dia escrevo verdadeiros testamentos no blog - "Estapafúrdios do Quotidiano", bem posso agradecer à existência do Vida de Cão. Por isso, blog querido, que és a luz da minha vida, peço-te imensa desculpa por esta ausência prolongada. Prometo que, daqui em diante, irei voltar a escrever... vá... de vez em quando... Está bom?

Bom, depois de um sincero pedido de desculpas a este blog, eis que chega o momento de falar de uma situação que já me aconteceu e, obviamente, já vi acontecer a outros. Algo que, normalmente, ninguém dá muita importância quando acontece, mas que eu não consigo deixar passar... É daquelas coisas que me faz comichão, pronto. Faz-me espécie, a capacidade das pessoas em conseguirem ser desagradáveis, sem se aperceberem que, de facto, o estão a ser. Às vezes, dá vontade de ser cruel para com essas pessoas. Desagradável até de uma forma abusiva! Quantas vezes, uma pessoa, estupidamente, se aleija em qualquer coisa, quando está na companhia de uma pessoa amiga? Muitas vezes, certo? E quantas vezes essa pessoa amiga, depois de reparar que nós nos aleijámos, resolve disparar uma pergunta estúpida - ou uma observação igualmente estúpida - sem qualquer nexo ao contexto da situação em si? Confuso? Eu exemplifico:

- "Olá Ricardo, estás bom, pá?"
- "Ora viva, Alexandre. Está tudo porreiro, sim."
- "Então o que tens aí?"
- "O quê? Ah! Isto? Isto... é uma navalha..."
- "Então para que é que queres uma navalha, pá? Isso pode ser perigoso, tu vê lá!"
- "Perigoso? Lá agora... É apenas uma navalha, inofensiva... Pá, nunca se sabe quando se precisa de uma navalha."
- "Como assim?"
- "Então, basta observar os Alentejanos, pá. Sempre com uma navalha pronta para cortar o pão e o queijo. Nunca se aleijam... O que é, deveras, impressionante..."
- "Muitos anos a cortar pão e queijo..."
- "Olha, queres ver o que eu consigo fazer com o raça da navalha?"
- "O quê? Tipo... Malabarismo?"
- "Hum... Pode ser... Ora deixa cá mandar... a navalha ao ar... e apanhá-la... Aiii, caraças! Aleijei-me!"
- "Pá! Cuidado! Tu não te aleijes!"
- "Tarde demais, ó Alexandre..."
- "Aleijaste-te?"
- "O que é que achas, ó meu estúpido!"
- "Tens de ter cuidado para não te aleijares, pá!"
- "Cala-te, minha besta! Já me aleijei!"


E pronto! Quer dizer... Uma pessoa aleija-se. Torna-se, portanto, bastante óbvio que uma pessoa se aleijou, quando grita: "Aiii! Caraças! Aleijei-me!". Mesmo assim, essa pessoa amiga cai sempre na tentação de acrescentar uma desnecessária interrogação, seguida de uma irrelevante observação: "Aleijaste-te? Tens de ter cuidado para não te aleijares, pá!". Desnecessário, pá... Terrivelmente... desnecessário...

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